Sérgio Soares aponta à final do Mundial do Dubai


Sérgio Soares apitou este domingo a meia-final de apuramento para o Mundial do próximo ano entre as seleções de Itália e Espanha (4-3), que decorreu em Baku. Para o árbitro internacional de futebol de praia este foi mais um embate importante que fica num longo currículo internacional, que conta já 45 competições. “São cerca de 500 jogos, talvez”, comentou, quando instado a abordar o jogo de apuramento para o Mundial. “Este foi, sem dúvida, o torneio mais importante do ano”, reconheceu, Sérgio Soares já depois de ter marcado presença naLiga dos Campeões de futebol de praia, que decorreu na Nazaré, onde apitou a final. “Em termos de futebol de praia, a arbitragem portuguesa está no topo. É preciso trabalhar para isso, porque sem dedicação não se alcançam esses objetivos”, explicou.

Em termos de nível competitivo, o facto de Portugal ter um dos campeonatos de maior nível e juntar grande parte dos melhores jogadores mundiais de futebol de praia ajuda a que a arbitragem também não estranhe, quando passa à condução de jogos internacionais. “Em Portugal temos muitas equipas com grande parte dos melhores jogadores do Mundo do futebol de praia, portanto somos muito competitivos e isso dá-nos estofo para estar nas fases finais, faz com que estejamos sempre preparados, porque o nível que temos no nosso futebol de praia é muito elevado”, argumentou o internacional português, que começou pelo futebol de onze em 1999, antes de fazer a formação para o futebol de praia onde arbitra desde 2008. “Em três mundiais já apitei duas meias-finais e foram sempre jogos mais disputados do que a final. Mas gostava de fazer a final de um mundial, seria a cereja em cima do bolo. Quem sabe se no Dubai isso pode acontecer. É a competição mais importante do futebol de praia”, apontou.

Aos 44 anos, Sérgio Soares lembra que é essencial que a arbitragem portuguesa continue a marcar presença nestas grandes competições e não deixa de dar conselhos aos que enveredam por este caminho, quando ministra formação aos mais novos. “Diria que é essencial ter uma personalidade forte e sabermos aquilo que estamos a fazer, termos gosto pela arbitragem e uma atitude positiva para trabalhar será sempre importante, porque é-nos exigido estar no auge permanentemente”, sublinhou, definindo esses conselhos como condições decisivas para se estar na arbitragem, “porque um árbitro sofre todo o tipo de pressões e quanto melhor preparado ele estiver, melhor saberá gerir tudo isso”, reforçou.

Em termos de preparação, Sérgio Soares lembrou que o contributo da Associação de Futebol do Porto e da Federação Portuguesa de Futebol tem tido um peso enorme para ajudar os árbitros e prepararem-se ao mesmo nível do que se tem visto fora do país: “Quer a Associação de Futebol do Porto, quer a federação têm sido inexcedíveis naquilo que é necessário. Aconteceu recentemente com o sistema de comunicações, ajudaram porque sabem que a competição precisa de ter condições para se fazer bem feita. Mas têm sido importantes, porque a evolução tem-nos levado a ser cada vez mais profissionais a cada ano que passa”.