Renascido, FC Termas São Vicente aposta na subida à Divisão de Honra


O FC Termas São Vicente vem  dando nas vistas na I Divisão da AF Porto. Já campeão da Série 2, feito que conseguiram ainda com muito (quatro jornadas) para se jogar na fase regular, a equipa já tem garantido a presença na fase de apuramento de campeão. Depois de terem falhado o objetivo de subida na época passada, o emblema de Penafiel surge na primeira linha para tentar chegar à Divisão de Honra.

“O objetivo estava traçado desde o início da temporada. Fomos buscar um treinador que conhece melhor o campeonato e construímos um plantel mais equilibrado”, começou por explicar César Soares, Presidente do clube.

Nesta fase, os azuis e brancos querem terminar o campeonato a gerir forças para a fase de apuramento, que terá seis jogos. Para já, só o FC Termas de São Vicente está apurado. Resta conhecer as outras três equipas.

“O cansaço faz-se sentir. Estamos a gerir isso, sem esquecer que temos de manter o ritmo competitivo. Além disso, teremos de saber gerir a ansiedade, sem perder o foco e a confiança. Vai ser uma fase curta e difícil, independentemente das equipas que se apurarem, por isso teremos de estar, sobretudo, bem fisicamente”, sublinhou o treinador André Lopes.

Desde 2020 muita coisa tem mudado. O clube praticamente renasceu depois da pandemia, construiu-se um campo sintético e criaram-se melhores condições para os atletas, situação que tem ajudado o clube a crescer.

“Hoje temos instalações, conseguimos uma subida e estamos na luta pela segunda. Mas onde notamos uma grande evolução foi de há dois anos para cá, com a construção do complexo. O clube tem tido mais apoios e algumas fontes de rendimento, com a bilheteira e bar”, explicou César Soares.

Ao crescimento das estruturas, André Lopes quer juntar-lhe o crescimento desportivo e esta é uma oportunidade que o treinador não quer desperdiçar. Ficou o alerta para esta fase de apuramento de campeão:

“O cansaço físico pode penalizar-nos, mas uma entrada em falso na fase final poderá ser prejudicial, porque vai decidir-se tudo em seis jogos e se correr mal de início pode ser difícil de recuperar depois. Mas só penso em ganhar”.

Nas dez primeiras jornadas, os azuis e brancos venceram nove jogos e empataram uma vez. O plantel tem mostrado soluções de qualidade para todas as posições e soluções para todas as circunstâncias. Ao cabo de 28 jornadas, a equipa só sofreu uma derrota com o Nespereira no início de abril, o que diz bem do rendimento que tem tido. “O grupo sempre esteve muito unido e isso sempre passou cá para fora. Olham para nós como um dos favoritos à subida. Mas o nosso foco está sempre cá dentro, porque não quero desculpas, mas soluções”, vincou o treinador, que aponta já à fase seguinte:

“Sei que as equipas que estão a lutar para subir são competentes e estamos a trabalhar no sentido de obter informações, mas é certo que vamos ter competitividade. De qualquer forma, parece-me que esta fase será injusta, porque estamos em primeiro lugar ao fim de 28 jornadas, com 12 pontos de vantagem, e depois sujeitamo-nos a jogar com uma equipa que terminou a cinco ou seis, ou mais pontos, e arriscamos perder tudo ali. Pode ser muito inglório para uma equipa como a nossa”.