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Leões da Guarda apostam na filiação para subir a fasquia - AFPorto

Leões da Guarda apostam na filiação para subir a fasquia


Longe vão os tempos em que os sócios do Grupo Desportivo Leões da Guarda Sport Clube desembolsavam 50 escudos por mês e se faziam as obras da sede aos fins-de-semana, ou à noite, depois do trabalho. Ao longo de 61 anos, foram inúmeras as batalhas vencidas e os obstáculos transpostos, mas também foi à custa dessa dedicação que a paixão pelo clube cresceu.

“Cheguei a ser encostado à parede várias vezes pela minha mulher: ou me escolhes a mim, ou ao clube”, conta Joaquim Pimenta, antigo Presidente do clube, hoje dirigente ao lado de José Sá, Presidente eleito nos últimos anos. “Muitas vezes abdica-se da família por causa do clube, sem lucro nenhum. Mas entra a 100 e sai a 200, como se costuma dizer. Vamos enganando as mulheres (risos)! Para o Senhor dos Passos e para o Santo António, a mulher nunca me dizia nada. Para os Leões da Guarda era o valha-me Deus, nossa Senhora (risos)”, conta. Com a sede nova, construída em 1983, “jogava-se às cartas, no meio dos fumadores, ou das sardinhas assadas. Passavam-se rifas nas festas para ajudar o clube, trabalhou-se muito”. Nos anos 70/80, o clube arrastava muita assistência, organizando várias excursões para os jogos.

Fundado a 10 de junho de 1960, os Leões da Guarda não tinham a melhor fama. “Quando íamos para os torneios, diziam que tínhamos uma equipa fabulosa, mas uma assistência muito ordinária, era textual (risos). O lugar ficava vazio, havia sempre um familiar que jogava nos Leões e os atletas sentiam uma cobertura dos adeptos… se tivéssemos de dar mesmo, dávamos! (risos). Porque sabíamos que se fosse preciso os sócios seguravam-nos mesmo. Fomos campeões na Maia em 74, à porrada! Rasgamos as fichas e fomos campeões. Já viu o que seria se fossemos federados?”, atira Joaquim Pimenta, no meio de vários dirigentes e treinadores. Os Leões da Guarda vêm evoluindo na Liga de futsal da Maia, uma das maiores competições municipais a nível nacional. Nos últimos 6 anos, alimentaram até essa mesma Liga com 80 por cento dos jogadores formados no clube.

Os tempos foram evoluindo, mas houve um sonho que permaneceu e que se concretizou esta época, com a inscrição do clube na Associação de Futebol do Porto. “Esta inscrição de uma equipa de veteranos no futsal é o concretizar de um sonho para nós, mas será também uma forma de começarmos a elevar a fasquia competitiva. Demorou, porque nunca quisemos dar um passo maior do que a perna, para cumprir sempre com as nossas obrigações”, explica o presidente José Sá. “Mas esta inscrição é também um desafio para o clube, porque vai obrigar a ter mais coesão e organização”, acrescenta, com o objetivo de dar outros passos no futuro: “A ideia é abrirmos a formação num segundo tempo. Mas para já estamos focados na equipa de veteranos que inscrevemos na AF Porto. Vamos subindo a fasquia conforme as possibilidades do clube, ajustando o orçamento às modalidades”.

Fundamental nesta caminhada tem sido o apoio da autarquia. “Olhando à dimensão do clube fomos sempre bem apoiados pela Câmara Municipal e a junta de freguesia de Moreira da Maia. Acreditamos que competindo com uma equipa de veteranos na AF Porto, a projeção também será maior para o Grupo Desportivo Leões da Guarda e a autarquia também vai perceber que o projeto está sólido”, partilha o presidente.