O Vila Caiz vai procurar terminar em grande com um troféu importante, depois de ter conseguido manter-se na Divisão de Elite. O treinador, José Oliveira, não escondeu que foi preciso fazer alguma gestão para alcançar a final e que pessoalmente, depois de uns quartos e de uma meia-final lá chegar à final. Agora, uma vitória na final seria o concretizar de um sonho.
Como estão a encarar esta final da Taça da AF Porto?
Vencer seria o encerrar da época melhor forma. É sempre gratificante chegar a uma final pelo trabalho desenvolvido. Entramos a meio no Vila Caiz e tivemos de reformular algumas situações. Pegar em gente a meio é sempre complicado, mas tentamos equilibrar a equipa até pela grande competitividade que tínhamos na série 4. Conseguimos jogadores que nos dessem essa garantia e eles foram enormes, deram-nos aquilo de que precisávamos. Sofremos apenas uma derrota nos últimos 17 jogos e isso garantiu-nos estabilidade. Na Taça, acabamos por eliminar equipas históricas, como o Marco e o Aves, mas também o Castêlo da Maia e o Rio Tinto, pelo que conseguir ganhar esta final seria um sonho concretizado.
Que opinião tem do São Lourenço?
É um adversário muito competente, com enorme poderio ofensivo, igualmente muito forte a defender. Recordo que marcaram 16 golos e sofreram apenas um na Taça, deixando muitas equipas da Elite para trás. Conseguiram um score de 6-0 contra o Ermesinde, portanto, são fortíssimos competentes e organizados. Vamos tentar ser da mesma forma competentes e organizados para lhes ganhar.
Que pontos fortes destaca?
Preocupo-me mais com a minha equipa. Hoje analisa-se muito e há muitas formas de tentar perceber o que valem os adversários, mas confesso que me foco mais na nossa equipa. É verdade, como já disse, que marcam muitos golos e sofrem poucos. É uma equipa que se preparou para jogar na Elite e que depois não subiu na época passada, mas mostraram que tinham qualidade para a Elite. Pela nossa parte, vamos preocupar-nos em estarmos a cem por cento no domingo, porque houve um desgaste enorme neste último jogo, pelo que vamos tentar recuperar da melhor forma possível para termos o nosso coletivo o mais fresco possível para a final.
Pressionados pela manutenção na Elite, que peso teve a Taça? Foi preciso gerir prioridades?
Tivemos de gerir prioridades, sim. Mas desde sempre que olho para a Taça com muito respeito, sempre fui fã quando se criou a Taça da AF Porto. Em 2012/13 já tinha conseguido chegar aos quartos-de-final. Mais tarde, na minha passagem pelo Marco conseguimos chegar às meias-finais, que perdemos contra o Padroense, nos penáltis. Mas à terceira lá consegui chegar à tão desejada final. Vai ser um jogo diferente, uma festa. Em relação ao nosso percurso, é verdade que tivemos sempre dificuldades em jogar a meio da semana, porque nos últimos jogos ainda corríamos o risco de descer e tivemos de nos aguentar com o credo na boca, mas conseguimos equilibrar o nosso percurso, graças a jogadores únicos, cujo esforço foi decisivo.
Que significado tem a Taça da AF Porto?
Sendo o Vila Caiz uma das freguesias de Amarante, e nós a primeira e única equipa a atingir a final, é um motivo de grande orgulho e satisfação.