No próximo fim de semana (13 e 14 de maio) decorre a Final Four da Taça da Associação de Futebol do Porto, que consagrará o sucessor da AD Penafiel. A equipa vencedora recebe um convite para a Taça de Portugal da próxima época. Numa das meias-finais, teremos o embate a A. Miramar Império contra o Vermoim, no sábado.
O treinador do emblema gaiense, Joaquim Pereira, não acredita que o Vermoim vá a jogo para perder. Ao mesmo tempo, desvaloriza a diferença de escalões entre as duas equipas e prefere ser realista e contar só com o que vai acontecer em campo, enquanto avisa que não quer ver desleixos na sua formação. Do outro lado, as lesões são a grande preocupação e ameaçam condicionar uma equipa que olha para a presença nesta Final-Four como a cereja no topo do bolo da temporada.
Favoritismo repartido
“Numa Final-four será 25 por cento para cada equipa. Nós temos de respeitar o Vermoim como qualquer equipa. Venho de divisões inferiores e respeito todos os adversários e eles têm uma boa equipa, têm feito um bom trabalho e também vão entrar para ganhar. Vamos jogo a jogo até à final, mas antes disso temos de vencer o Vermoim. Vamos dar o máximo para isso”.
Sem olhar à diferença de escalão
“O que conta é o que acontece em campo. O facto de serem de uma divisão inferior não conta. Temos de encarar o jogo como se fosse contra uma equipa de uma divisão Nacional. Não quero desleixos dos meus jogadores”.
Taça não salva a temporada
“Uma conquista da Taça representaria um ano de trabalho duro, que nos obriga a deixar a família em casa, mas já é muito bom estarmos nesta Final-Four. Estivemos a lutar na fase de apuramento de campeão. Mas a taça, se a ganharmos, não será o coroar de uma boa temporada, tão só um chegar perto de uma boa temporada, porque o nosso grande objetivo era subirmos à terceira Divisão”
Já Paulo Ribeiro, treinador do GCR Vermoim, enaltece o seu plantel de estar numa fase tão importante como a Final-Four. A equipa da Divisão de Honra sabe das suas capacidades e até onde podem chegar, mas ao mesmo tempo, querem usufruir deste momento, sem deixar manter o foco.
Final-Four como prémio
“Para nós é a cereja no topo do bolo estar na Final-Four, sabemos que o Miramar esteve a lutar até à última pela subida na Divisão de Elite e estamos a contar com um jogo extremamente difícil. Mas a responsabilidade é do Miramar, porque são de uma divisão superior e serão, na teoria, superiores. Vamos fazer o nosso melhor e desfrutar de estarmos pela primeira vez numa final-four”.
Lesões prometem pesar
“Estamos com muitas dificuldades, porque temos muitos lesionados desde janeiro. Isso reflete-se na qualidade do treino, os jogadores têm conseguido um verdadeiro milagre, porque mesmo magoados têm ido a jogo. Mas no sábado arrisco-me a ter um ou dois suplentes para ir a jogo. Por isso, temos de ser realistas, já com o plantel a cem por cento seria difícil, com estas vicissitudes é complicado, mas vamos vender caro o nosso jogo e dar tudo o que temos, isso é garantido. No final veremos o resultado”.
Certificação é ponto de viragem
“Estamos a tratar da certificação e depois disso poderemos reformular objetivos, porque sem a certificação não vamos a lado nenhum. Depois, em função do plantel, definiremos os nossos objetivos. Durante muitos anos o Vermoim esteve na Elite e penso que será esse o patamar do clube. Quando se desce é difícil subir de novo, mas antes de tudo, temos de resolver a questão da certificação”.