Pinto da Costa recebeu o galardão “Ouro e Mérito” da Associação de Futebol do Porto na noite desta quarta-feira, na sede da associação, perante uma plateia recheada de inúmeras personalidades que abrilhantaram a cerimónia. José Couceiro, vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Pedro Proença, presidente da Liga de Clubes, Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Luísa Salgueiro, presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, mas também Adelino Caldeira, Fernando Gomes, Luís Gonçalves, Manuela Aguiar, Vítor Baía e Cristina Azevedo, administradores da SAD do FC Porto e Lourenço Pinto, Presidente da Assembleia geral do clube. Todos presenciaram a entrega do máximo galardão da Associação de Futebol do Porto, que tinha ficado adiado na gala dos 110 anos do passado dia 10 de setembro, por coincidir com um jogo do campeonato do FC Porto.
José Neves, presidente da Associação de Futebol do Porto, abriu o seu discurso com “um antes e um depois de Pinto da Costa”, no FC Porto, que com o seu líder passou a ser um clube “apostado em vencer, com cultura de vitória, umas das principais marcas da cidade, do Norte e do país. Um clube respeitado na Europa e admirado no Mundo, um campeão sem fronteiras”. José Neves aproveitou a oportunidade para lembrar que a Associação de Futebol do Porto, “representa mais de 300 clubes, mais de 36 mil atletas, mais de 3500 treinadores, mais de 7 mil dirigentes e mais de mil árbitros. Um universo que nos dá uma responsabilidade acrescida e ao mesmo tempo nos dá força para seguir em frente”, apontando a um futuro feito de inovação “com a construção da academia, a aposta no futebol feminino, na formação, no digital, na comunicação e na modernização” da instituição. “Queremos a associação como uma instituição moderna, virada para o futuro e reconhecia pelo trabalho de excelência em prol dos seus filiados e das suas comunidades. Este é o caminho que queremos seguir”, acrescentou ainda.
O presidente garantiu que a associação nunca vai abdicar de ser “parte ativa dos nossos clubes”, defendendo “o papel do desporto e da educação, no feminino, ou no masculino, no relvado ou na areia”. José Neves dedicou ainda palavras de agradecimento às autarquias. “Como recorrentemente tenho dito, não há desporto sem municípios, não há futsal, nem futebol de praia, sem municípios. Senhores presidentes e senhores vereadores, quero aqui agradecer o vosso trabalho e o vosso apoio à Associação de Futebol do Porto”, destacou, antes de se virar novamente para Pinto da Costa, apontando o presidente do FC Porto como “um exemplo de competência e visão, pelo que este galardão evidencia duas palavras simples, que fazem parte do ADN da nossa associação: excelência e mérito”.
Pinto da Costa tomou a palavra de seguida, lembrando os seus primeiros contactos com a associação: “Há 46 anos entrei pela primeira vez como diretor de futebol, recém eleito, na Associação de Futebol do Porto, na rua José Falcão. Ia lá semanalmente, porque não havia telefones, nem computadores, nem nada. Mas aprendi aí a ter um respeito enorme pelo dirigismo associativo, gente com uma dedicação extrema e os verdadeiros obreiros da formação dos jovens em Portugal”.
O líder portista recordou o início de uma relação de amizade com Sardoeira Pinto, e não só. “Tive o prazer de conhecer o presidente da associação, que mais tarde seria meu parceiro na presidência da Assembleia Geral, Sardoeira Pinto, com quem aprendi o entusiasmo que punha em tudo aquilo a que se dedicava. A associação cresceu, assumi a presidência do FC Porto e conheci Adriano Pinto, que foi para mim um professor do que é dedicação e obstinação do que é conseguir as vitórias dentro dos nossos objetivos traçados com lealdade. Um exemplo que ainda guardo. Veio a ser substituído por Lourenço Pinto que manteve a mesma dedicação a esta casa”, elogiou, antes de se virar para José Neves: “Hoje, senhor presidente, pode sentir-se orgulhoso por ser um continuador brilhante do que foram os seus antecessores. Os tempos são difíceis, os clubes estão mergulhados em dificuldades, assoberbados de impostos e a associação tem tido um trabalho muito grande para os ajudar. É isso que queremos que continue e de que nos orgulhamos, consciente daquilo que tem nos seus planos para esta associação”.
Pinto da Costa teceu largos elogios a vários autarcas do grande Porto presentes na cerimónia, lembrou a amizade com o pai de Luísa Salgueiro, presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, que com ele jogou no FC Infesta, chamou “príncipe” dos autarcas do Porto a Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, sublinhando “o muito respeito que tenho aos que dedicam a suas vidas aos povos das nossas cidades”, antes de lembrar a grande amizade que lhe dedica Marcos Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, “e que lhe retribuo”, frisou. “Se me dissessem que ia estar aqui hoje a receber um troféu, pelos meus 40 anos de presidência, chamaria-os loucos”, assumiu o líder portista, antes de recordar os tempos de atleta, em que envergou a camisola do FC Infesta, “estou grato ao Infesta, porque me permitiu vestir a camisola desta associação”, finalizou, aplaudido por toda a plateia que com isso prestigiou o encerramento oficial da gala dos 110 anos da Associação de Futebol do Porto.