São Lourenço e Vila Caiz medem forças na final da Taça da Associação de Futebol do Porto deste domingo, em Felgueiras – jogo com transmissão no Porto Canal, às 17h00 – e os treinadores das duas equipas não escondem a vontade de encerrar a temporada com um troféu. Para Pedro Monteiro, o homem que lidera o São Lourenço, vencer a final permitiria fazer a “dobradinha” e coroar uma temporada excecional, depois de garantido o título da Divisão de Honra e a subida à Divisão de Elite.
Como se chega aqui?
A chave esteve na preparação da época e na constituição do grupo de trabalho. Tivemos o cuidado, a sorte, a inteligência e perspicácia de escolher jogadores com qualidade futebolística, personalidade e caráter que nos permitissem criar uma forma de liderança para chegarmos ao título, à subida e a atingirmos a final da Taça. Portanto, o mérito cabe aos jogadores, claro, mas também à equipa técnica e à estrutura do São Lourenço.
Como se motivou uma equipa a não se cansar de ganhar?
Fomos criando metas e objetivos, bem como alguns mecanismos para que houvesse sempre algo a alcançar e a ganhar. Mas arrisco-me a dizer que foi um processo que foi acontecendo. Ao longo da minha carreira fui aprendendo com outros contextos que temos de escolher e trabalhar sempre num processo dinâmico, arranjando estratégias para resolver e potenciar o que vai acontecendo. Somamos 20 vitórias consecutivas e tivemos de arranjar estratégias para não haver desleixo e manter o grupo comprometido e isso começou desde a primeira unidade de treino e vai prolongar-se até domingo, neste caso. Mas é importante sermos capazes de reformular e reagir ao que nos vai acontecendo, refletirmos e sermos capazes de fazer uma autocrítica para melhorar. Depois, numa equipa que vai ganhando e é sempre mais fácil trabalhar, porque o processo associado ao sucesso potencia mais sucesso. Foi um dos anos mais tranquilos e mais fáceis de gerir que tive, sem conflitos e com muito poucas desilusões.
Como olha para esta final?
Olhamos com muita confiança até pelo percurso que fizemos até aqui. Em seis eliminatórias afastamos cinco equipas da Elite e uma da Honra, marcamos 12 golos e sofremos apenas um, portanto, temos de estar confiantes. Mas o Vila Caiz também deve estar motivado, porque eliminou o Marco. Estamos com muita motivação e vontade de participar nesta festa e queremos canalizar isso tudo para darmos o nosso melhor nesse jogo e vencer.
Vencer a Taça seria o corar de uma época excecional?
Sim, sem dúvida. Quando uma equipa ganha o campeonato e a Taça quer dizer que venceu todas as competições em que participou, portanto quer dizer que não podia ter feito melhor época.
Como vê o adversário?
Encaro o adversário como uma equipa com capacidade, qualidade, com uma ideia de jogo interessante, diferente da nossa. Gostam de atacar e jogar rápido, metendo intensidade no jogo. É um adversário com valor, se não fosse assim não estaria nesta final. Temos de os respeitar e sermos capazes de nos adaptar ao jogo. Depois, haverá momentos em que vamos estar por cima e teremos de ser capazes de tirar vantagem disso. Nos momentos em que forem eles a estar por cima, esperamos que sejam curtos e que sejamos capazes de recuperar o rapidamente o controlo do jogo e da bola.